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Por que o Brasil é a bola da vez para a maior gestora do mundo

Postado 29/06/2023

A BlackRock, a maior gestora de ativos do mundo, está otimista em relação aos mercados emergentes, com destaque para o Brasil. Com US$ 9 trilhões sob sua gestão, a empresa acredita que as principais economias do mundo passarão por um período diferente, marcado por inflação e taxas de juros persistentemente altas. Ao contrário dos mercados desenvolvidos, os emergentes têm se mostrado resilientes.

A BlackRock considera que o Brasil não é mais tão suscetível às oscilações dos Estados Unidos como no passado. Axel Christensen, estrategista-chefe da BlackRock para a América Latina, destacou a resiliência da economia brasileira e os números positivos de atividade como motivos para a preferência da empresa pelos mercados emergentes.

Um fator que contribui para o favoritismo da BlackRock em relação ao Brasil é o ciclo monetário, que se diferencia dos países desenvolvidos, que estão elevando suas taxas de juros. A gestora antecipou sua projeção para o início do ciclo de cortes de juros no Brasil, motivada pela ata do Comitê de Política Monetária (Copom) divulgada recentemente. A expectativa é que a redução dos juros comece na próxima reunião do Copom, em agosto, enquanto antes se esperava que ocorresse apenas em setembro.

Esse cenário é reflexo do controle maior da inflação no Brasil. A taxa de inflação ao consumidor (IPCA) em maio ficou abaixo de 4% pela primeira vez desde 2020, aproximando-se da meta estabelecida pelo Banco Central para este ano, que é de 3,25%. Em contrapartida, nos Estados Unidos, o Índice de Preço sobre Consumo Pessoal (PCE), principal referência do Federal Reserve, está em 4,4%, acima da meta de 2%, enquanto na Zona do Euro a inflação ao consumidor está em 6,1%, bem acima da média histórica.

Axel Christensen destaca que o Brasil começou a elevar as taxas de juros quase um ano antes do Federal Reserve reconhecer o problema da inflação, o que indica um cenário favorável para a redução das taxas de juros no país. Ele acredita que as ações de pequenas empresas (small caps) se beneficiarão com o ciclo de corte de juros, uma vez que a redução dos custos financeiros favorecerá essas empresas e setores no Brasil e em outros países onde a expectativa é de queda nas taxas de juros.

 

Fonte: Exame Invest

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